Às vezes recomeço a arrumar o caos que me atafulha a memória. Recomeço sabendo que é um trabalho vão. A violência que por lá jaz envolta em pó enoja-me e impede-me de enfrentar outra vez o sofrimento atroz de antanho.
Só é arrumado quem tem poucas coisas que arrumar. Sobretudo na cabeça. Peço, no entanto, desculpa aos que me trazem à superfície bocados de violência por mim derramada e que os atingiu de forma voluntária e brutal. Especialmente àqueles que amo.