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Lá estive, religiosamente (literalmente), no Torneio do Guadiana. Bilhete único para os três jogos mesmo para quem só pretendia ver um, o que era o meu caso. Bom reconheçamos, há maneiras bem mais feias de roubar e esta até é legitíma, na medida em que não conflitua com a lei.
1º Jogo, Glorioso - Bétis: só se viu em campo uma equipa. Infelizmente a andaluza.
2º Jogo, Glorioso - scP: primeira parte equilibrada, 2ª parte com domínio dos esverdeados e apagamento entorpecedor dos Nossos. Um amigo meu, doente em estado catatónico(?), mais fanático, pelo Inominável, O Grande, que o Ben Laden, dizia-me antes do jogo que preferia que os lagartos ganhassem. Assim extirpava-se o mal pela raíz e bem no início da època: o engenheiro ia de patins.
A mesma falta de entrega dos anos anteriores, a mesma anarquia posicional dos jogadores, a caracolenta e desordenada passagem defesa ataque, os passes para o adversário, a mesma falta de classe e brio de alguns jogadores... mais do mesmo.
Porque repõe Quim a bola em jogo chutando sistemáticamente a bola para o campo do adversário? Ordens do engenheiro? Se não são porque não o impede? Porque coloca Berguessio numa extrema quando o homem corre menos do que eu? E, agora um assunto verdadeiramente doloroso para a "massa associativa" e para os "beatos", porque continua a jogar Mantorras? Eu sei que o Garrincha era aleijado e que era esse seu defeito congénito que lhe dava um driblar de génio, mas dói ver correr Mantorras. O homem é de uma entrega que tomara a muitos que por lá vegetam mas, como eu não posso competir em cima de duas rodas com o Martin Garrido (não sabem quem é? Cultivem-se! Vai uma pista. É só o homem mais conhecido da minha terra), não pode estar num mundo altamente competitivo, como é o futebol hoje, com um joelho naquele estado. Mesmo o anjo Garrincha não teria, certamente, muitas hipóteses no físico futebol dos nossos dias. Bem sei que em terra de cegos quem tem um olho é rei e Mantorras parece, às vezes, rei num plantel de ceguinhos. Bem sei que o jogador e invendível. Não passaria os testes médicos em nenhum clube do mundo! Algo de muito estranho se passa no "caso Mantorras". Penso mesmo que se trata de um caso de polícia. Um caso para o Procurador mostrar interesse...
Hoje andei a passear pela magnífica zona pombalina de Vila Real de Santo António. Verifiquei que o edifício da Câmara está a ser demolido (pareceu-me que parte da fachada vai ser poupada) lamento, no entanto, não estar à vista nenhuma informação sobre o novo edifício a construir. Espero que esteja à altura da grandeza da praça. O anterior, obra que substituiu o fecho original da praça a levante, levado por um incêndio, não era manifestamente digno do magnífico conjunto.
Mais uma vez não pude deixar de apreciar o precioso obelisco central.
Já agora, e porque se trata de um documento histórico único e valioso, deixo-vos com o que está registado no belo obelisco que se ergue na Praça Marquês de Pombal e que constitui um auto elogio eloquente do promotor da obra.
A el Rei, D. José
Augusto, Invicto, Pio
Restaurador
das Armas, das Letras,
do Commercio , da Agricultura,
Reparador
da Glória, e felicidade publica,
Clementissimo pai dos seus Vassalos,
Protector da innocencia ,
vingador supremo da Opressão,
Conservador da Paz Publica
e Inimigo da Discordia ,
O commercio das pescarias
d`esta Villa Real de Santo António,
Levantada em cinco mezes pelas
suas Reaes providencias e Decretos,
que com todo o zelo executou
O Marquês de Pombal,
da inundação do Oceano, em que
Seculos antes estava submergida,
Erigiu este obelisco
para perpetuo padrão do seu
Humilde e Immortal Reconhecimento
Anno de 1755.
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