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Ei-lo! Acabadinho de atravessar o deserto. E não um deserto qualquer. O homem foi atirado para as quentes e movediças areias de um deserto que parecia, à primeira vista, sem fim.
O veículo que o levou à orla do árido vazio, foi o mais improvável de todos, e mostra a capacidade de sobrevivência e de adaptabilidade do bicho. Do bicho político, bem entendido. O veículo, dizíamos, foi a televisão e uma injecção tablóide na informação. No momento em que se tratava de um tema sério e de importância vital para um dos partidos mais importantes da cena nacional, e, por isso, da própria vida do país, a jornalista interrompe para mostrar Mourinho a desembarcar de um meio de transporte colectivo.
Quando o senhor treinador se desloca para casa, a jornalista regressa ao relevante tema e à entrevista com o nosso atravessador de desertos. Num golpe de mágica, utilizando a força propulsora do populismo mediático que tão bem conhece, "o Pedro" abandona a entrevista de supetão e irrompe pelas terras humanizadas e pululantes de frenesim político. Com surpresa do destemido viajante é aplaudido por todos. Da direita à esquerda, dos populistas aos serenos, dos amigos aos inimigos. Até os jornalistas, com excepção dos da SIC e satélites, por motivos óbvios, o levam em ombros.
O nosso homem deixou de andar por aí e está outra vez no olho do furacão. Poder novamente vir a ser o que quiser na política nacional, de Primeiro Ministro a Presidente .
É este militante do PSD perdão: do PPD /PSD, o vencedor indiscutível das eleições directas que hoje se disputam no partido.
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