Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


mentes brilhantes

por vítor, em 09.03.10

Portugal tem dificuldade em fabricar gente normal. Homens e mulheres simples, com vidas rotineiras e hábitos à partida tão banais que contagiam de felicidade quem os tem. Em Portugal só nascem iluminados transformados em agitadores da genialidade quando nem chegaram à idade adulta. Bom, quando lá chegam, tenham medo, tenham muito medo do que dali pode sair. Portugal é um país que se contenta com mitos: o mito da grandeza, o mito da língua, o mito da genialidade. Nunca há gente simples; só mentes brilhantes capazes de tudo para orientar o nosso caminho, sem nunca terem a coragem de sujar os calções - se eu estou a falar no Néné, por favor, lavem-me esta boca com sabão macaco. A genialidade é um peso que carregam. Um estorvo que partilham com os demais. Uma poção mágica que bebem e que os faz querer ser Obélixes a toda a hora. Nunca se apercebem do ridículo que é o auto-retrato: nem toda a gente tem o talento de comer javalis às pazadas. A genialidade não é para todos, muito menos para quem assim se considera. É crescer e aparecer, meus caros.



Bernardo Pires de Lima às 12:19 | link do post

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:00

O Grande Portugal

por vítor, em 28.05.09

 

 

Ontem e hoje, em ditadura ou democracia, a mesma luta.

 

Só se põe em bicos de pés quem é verdadeiramente minorca.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:17

O Glorioso no Império do Meio

por vítor, em 21.08.08

 

Perante o espanto dos dragões nas terras do sol nascente, O Glorioso, O Grande, O Maior ilumina (como um "lampião" que se transforma no Farol de Alexandria) os céus de Oriente a Ocidente: Nelson Évora, medalha de ouro, no triplo salto; Vanessa Fernandes, medalha de prata, no triatlo e Angel Di Maria, ouro ou prata, no futebol. Maior que o país, O Glorioso consegue mais medalhas do que o próprio país de que é a alma.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:36

Vanessa, Vanessa, Vanessa

por vítor, em 20.08.08

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:51

Foi só um jogo de futebol

por vítor, em 19.06.08

 

É arrasador... mas apenas mais um jogo de futebol.

 

Agora, que vença a laranja mecânica. Não é por estarem  a jogar um futebol mágico, porque elevam a arte aos píncaros da genialidade, é porque a Holanda sempre foi  a minha segunda selecção.

 

PS: Não há nada totalmente mau. Escapei-me a uma caravana barulhenta até às tantas. Os filhotes, que já tinham bandeiras e cascóis preparados, é que ficaram de beicinho... 

PS1: Esta enorme desilusão tornará mais fortes as emoções que O Glorioso trará aos seus crentes na próxima temporada. A primeira missa será no Torneio do Guadiana, em Vila Real de Santo António, já em Julho. Lá estarei mais os dois crentes cá de casa.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:13

Barcelona, um país adiado

por vítor, em 19.11.07



Barcelona, a cidade modelo, a cosmopolita do sul, a luz do Mediterrâneo, está de pantanas: apagões eléctricos, quedas de edifícios devido a construções no metro, aluimentos de terras e outras confusões no comboio de alta velocidade (AVE), painéis do moderno aeroporto de El Prat ensandecidos, trânsito caótico, crise política e identitária (nacionalistas contra centralistas, republicanos contra monárquicos, separatismo crescente, queimas de símbolos reais, ausência de maiorias fortes no governo, coligações contra natura com os governos de Madrid) e até, vejam só, crise no grande embaixador da cidade e da Catalunha, o grande "Barcelona".

Parece , e é, um mega problema capaz de levar uma pequena nação à depressão mais profunda e irreversível.

Que caminhos trilha a nossa irmã Catalunha?

Por muito menos afunda-se  Portugal no divã há mais de uma década.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 23:53

Referendo e populismo

por vítor, em 21.10.07

Este é um blogue de esquerda. Todos os que por aqui passam o sabem. No entanto vou desiludir muitos com este post .

 

Sou contra referendos. Ou melhor, acho que referendar algo só em casos verdadeiramente excepcionais e mesmo assim com reticências. Tipo:

Concorda com a integração de Portugal em Espanha, passando a constituir uma das suas regiões autónomas?

Ou, Concorda com a reintrodução da pena de Morte em Portugal?

Ou ainda, Concorda com a restauração da monarquia em Portugal?

 

Como estas questões seriam sempre raras, estapafúrdias  e excepcionais, sou, em regra, reafirmo, contra referendos.

 

Acredito na democracia, confio na representatividade dos eleitos para decidir e aceito a vontade da maioria dos representantes na Assembleia da República.

 

Em tempos de populismo e de desconfiança em relação aos eleitos e aos políticos em geral, penso que ainda é mais pertinente a negação do poder dos referendos. E os políticos são como os outros profissionais. Há bons, maus e assim-assim. Ainda por cima têm que ter uma cachola que poucos possuem e aguentar com todo o tipo de enxovalho sem poder, quase, responder. Alguém imaginaria um ministro a chamar mentirosos e corruptos a sindicalistas?  Os políticos têm de mentir algumas vezes e outras de ocultar as suas verdadeiras vontades. E isso é próprio do seu difícil ofício. Quem ganharia eleições se dissesse que ia congelar salários, aumentar impostos ou fazer outras malvadezas do género? E que poderia um ministro responder a um jornalista perante uma pergunta do género: É verdade que Bin Laden introduziu no país operacionais da Al- Qaeda e se prepara um violento ataque terrorista? Claro que iria dizer que não era verdade, que o país estava perfeitamente calmo e em segurança e que a polícia controla qualquer actividade que ponha em causa a segurança dos cidadãos. Mesmo sabendo que era mentira e que o risco de atentado era elevado. Outra resposta poderia dificultar os trabalhos das polícias e levar o pânico às populações.

 

Voltando aos referendos. Estes são uma verdadeira arma nas mãos de políticos populistas. Estou até convencido que num referendo sobre a pena de morte se correria o sério risco de ver ganhar a hipótese da sua reintrodução.

 

Vem tudo isto a propósito de referendar ou não o tal de Tratado Reformador (seja ele constitucional ou não). Sou profundamente contra. Compreendo perfeitamente os argumentos (cínicos ) do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda. Num referendo iriam capitalizar os votos contra, que seriam sobretudo votos contra a situação económica, as medidas anti-sociais do governo e o medo da perda de soberania nacional. Com os partidos de centro-direita apostados na aceitação do tratado, era só facturar. Esta última ( a questão da soberania e da independência nacional)que constitui um logro obeso e facilmente desmontável. Quanto mais integração maior é a força de um pequeno país como é o caso de Portugal. Na comunidade podemos fazer ouvir a nossa voz e influenciar o nosso destino, aqui e no mundo. Sós, ninguém nos ligaria. Foi sempre assim. A nossa independência e a nossa soberania foram bem sentidas aquando do Ultimato inglês, em 1890, ou perante a invasão dos territórios de Goa; Damão e Diu. Inversamente, foi o peso da União europeia que nos ajudou a impor os nossos interesses na questão de Timor.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:54

Suas Altezas em leito púrpura

por vítor, em 20.07.07
 Suas Altezas, os príncipes das Astúrias (belas terras),  a contribuir para a subida da natalidade na Ibéria. Juiz espanhol proíbe e manda confiscar as revistas. Será que não gostou da posição dos intervenientes?

Lembram-se dos cartoons dinamarqueses sobre Maomé?

Se fosse aqui no rectângulo-em-pé o que não seria de bradar aos céus!: que já não havia liberdade, que a censura estava aí de lápis azul again , que a liberdade de imprensa estava condenada ( como reagirá Balsemão a isto sendo tão amigo da família real espanhola), que...que...que...

Como seriam recebidos em Espanha uns Gatos Fedorentos a parodiar a família real? Seriam proibidos ? Presos? Com o supra precedente, fico nas dúvidas. Em Portugal, onde parece não haver liberdade, estão na berra e na estação pública. Do estado! Aliás foi nela que mais se gozou com o nosso mais conhecido engenheiro. O, segundo alguns, mandante na dita cuja RTP. Confuso não.

Assim não vais lá José! (o Saramago, é claro).

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:41



Então,  já não se pode ter direito à opinião livre? Eu, que irracionalmente  detesto tudo o que é castelhano e que me delicio com uma derrota da selecção espanhola com os longínquos checos ou japoneses, não percebo como é que toda a gente cai sobre o homem. Se dissesse que Portugal se iria integrar no Magreb não seria mais esquisito?

Depois admiram-se de termos a direita que temos. Temos?! Ainda existe?

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:47


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2006
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D