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Na madrugada de sexta-feira (3 da manhã?), voava sobre as prenhes e calmas águas da ria, rasgando a noite sob a Lua cheia, depois de ter estado numa festa com 4 000 jovens na Ilha de Tavira. 99,9 % tinham menos de metade da minha idade. O espectáculo é arrepiante.
Um aqua-táxi voando sobre a espuma branca, atravessando a ria numa maré viva e com Lua cheia é uma experiência absolutamente esmagadora.
No Sábado, romaria com amigos de infância e adolescência ao estádio José Arcanjo degustar um Ohanense-Feirense, para a Liga de Honra (sic). Nunca tinha posto os pés no dito estádio. O meu campo de jogos em Olhão era (e será sempre) o mítico Estádio Padinha. e a esse não ia desde 1976 (?) quando o Olhanense desceu à 2º divisão para não mais lá semear paixões. Jogo muito importante para a subida do Olhanense à primeira divisão (1º classificado contra 3º) fez-nos sofrer até ao fim. 2-1 foi o resultado. Gritámos e assobiámos sem parar, contorcemo-nos, quando o feirense atacava e escancarámos os olhos durante as investidas rubi-negras (penso que até fomos pouco educados para com a equipa de arbitragem e seus familiares próximos) mas valeu a pena: estamos mais perto de ter um clube algarvio nas mais altas esferas do pontapé na bola luso.
Claro está, que à volta, não resistimos aos caracóis do Primo, nos Cavacos, e, depois, às estupidamente geladas imperiais do D. Manuel e aos seus afamados ... tremoços.
PS. Nesse mesmo Sábado, Aquele que não ouso pronunciar o nome soçobrava, na Luz, perante os estudantes de Coimbra. É uma agonia insuportável que temos que carregar até ao fim. Ao fim do princípio que é já amanhã.
Mais dois dias de vidas que passam.Como todas as outras, inúteis ou úteis. Como todas as outras, estranhas e sem sentido. Dois dias que já soluçam nas revoltas e sombrias torrentes da memória.
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