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Paulo Serra
trago nas mãos os rostos rasgados dos tempos
histórias de ruas que desembocam na escuridão dos corpos
esmagando a ossatura divergente das eras nupciais
prenúncio da conflitualidade latente nos arquétipos sinais da lonjura
nas mãos mergulho a idade do medo comunitário
contexto manipulador na volúpia dos sentimentos virtuais
nas mãos recolho a inutilidade da passagem das horas
confundo a realidade tornada maresia
sussurrando sobejos de poemas onde repousam
murmúrios da noite edipiana, vestígio
desassossegado de eros arrancando o sexo
às criaturas ambulantes que adormecem nas perplexidades
nos paralelepípedos do sono
Eram mãos representando a primeva ereção humana
mãos semi-afundadas no ego das plantas por parir
na pendente hipocrisia da eternidade.
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