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Quando nos idos anos 70 (depois do "25")o Domingos nos encantava com a sua guitarra no comboio para Faro, onde frequentávamos o Liceu (no Sotavento só havia 6º e 7º ano - antigos- em Faro, pelo que o comboio de Vila Real a Faro era um autêntico regabofe de adolescentes cabeludos), sempre pensámos que aquele mosse haveria de revolucionar o rock no Algarve. Assim veio a acontecer e, mesmo com vicissitudes várias , entre as quais a marginalidade a que são votadas as almas criadoras que não pululem pelas sagradas terras da capital e a desarmante humildade deste músico extraordinário, o Domingos e os seus Íris são hoje a face visível de uma nova música a que, por falta de outro termo, chamaremos rock algarvio ( ou, como outros lhe chamam, rock da ria, tendo em conta a Ria Formosa onde babujam músicos e notas). Para além de músico de eleição, forjado nas cordas mágicas de outro monstro da música algarvia: Telmo Marroquino (de quem um dia falaremos com tempo),o Domingos entrega-se de corpo e alma à sua escola de música na Fuseta, viveiro que perpetua a herança de músicos fusetenses como Zeca Repolho, Badalo e outros.
Lembrei-me desta música a propósito da volta ao trabalho. Mais valia atirar-me ao mar e dizer que me emperrarem...
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