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Hoje, para vos desejar BOAS FESTAS e um belíssimo ANO NOVO, vou deixar-vos um poema da minha mãe. Sim, a minha mãe Rita é poetisa com obra publicada, com prémios vários e carreira consistente, aqui para o Sul. Não tenho distância suficiente para apreciar a sua poesia, embora me pareça distante. Mas, também, o que é que isso interessa? Eu, até, em regra, não gosto de poesia.
E, já que estamos de sentimentos à flor da pele, convidemos o meu pai para as festas.
segui sem rumo pela estrada da vida
caminhei a seu lado em curvas tortuosas
pisei as pedras que me olharam vencida
e voltei atrás em passadas vagarosas.
devagar retornei ao ponto de partida
já cansada dos sonhos de caminhante
como utopia na luta já perdida
da vida já vivida e tão distante.
vencida olhei os céus do meu destino
como afago as estrelas me mostram
na torre da igreja aquele sino
aonde as horas da vida me marcaram.
parada fiquei na beira da estrada
não segui para diante o desconhecido
da minha alma saiu rouca gargalhada
do meu peito o grito há tanto reprimido.
Maria Rita Baptista - Sonhar Poesia -2001
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