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Cale-se tudo o qua antiga musa ...
quando me dizes que tudo o que faço se contradiz na penumbra da ilusão, na obscuridade daquilo que se esfuma nas tardes difusas. respondo que a ilusão é o acidente que fratura o tecido das relações concretas, das ligações invioláveis, a fronteira entre o que sinto e o que tu sentes. aí, nessa intersticial terra de ninguém, a felicidade impera. a simplicidade não se opõe à complexidade: os laços que construímos e construimos serão a razão da vida que nos une.
Um dia complicado no trabalho ( desculpem-me a la palissada). Mas o que importa? O Glorioso é campeão e os heróis estão ao alcance dum clic... a felicidade está em toda a parte.
Afinal a felicidade é possível. Obrigado campeões!
Jaime Reis
Na minha idade tenho que ter cuidado com as emoções fortes. O Glorioso, O Grande, O Inominável continua a aspergir felicidade sobre os milhões que Nele depositam a sua vida e que Nele crêem até à infinitude.
Hoje 3-0 ao F.C. do Porto e a vitória na Taça da Liga. Na última quinta, vitória em França contra o grande Marselha, e passagem aos quartos de final da Liga Europa. Os tempos que se avizinham não vão ser fáceis. O coração é grande e está preparado para a felicidade que aí vem. No entanto as torrentes são sempre perigosas ... e belas.
PS tardio: Infelizmente sou um doudo por futebol. Bem vistas as coisas são apenas uns indivíduos de pernas ao léu a correr atrás duma bola. Mas a vida na aldeia a jogar futebol todos os dias, na meninice, e a federalização nas equipas a sério de Tavira (principalmente no meu querido, e extinto, Desportivo Tavirense - até se me arrepiam as penugens) fizeram de mim um adepto ferrenho e um expert inultrapassável. Isto vem a propósito do comportamento do Bruno Alves na final da Taça da Liga.Como expert, admiro o Bruno Alves e adoro vê-lo jogar ( eu também fui, uma vida, defesa central e dos bem rijos), mas nunca deveria ter acabado o jogo. É feio não saber perder e não saber honrar os que são melhores.
No conforto da sua mansão ou nas vésperas dos grandes torneios, Casimiro Reinaldo não pára de acariciar os seus berlindes. A sua vida é o jogo de berlinde, o seu profissionalismo é flamejante.
"Universo Reinaldo", o novo filme que estreia nos cinemas de todo o mundo, na próxima semana, retrata um Casimiro fascinante e desconhecido, revelando múltiplas facetas da sua carreira e da sua vida desde o seu primeiro clube, o Enxame, até à glória no Los Angeles Berlinder.
Um filme emocionante que gera expectativas nunca vistas nos meandros da 7ª arte, que faz emergir o homem por trás da vedeta que é o jogador, desde a sua meninice, os amigos, a família, as namoradas e os primeiros carolos (ameixas) com abafadores, berlindes de pirolito, esferas de metal e casquinhas no quintal do sr. Petrólito.
O País está rendido ao seu talento e, agora que ganhou o título da BIFA, de melhor jogador de berlinde do Universo, tem o Mundo a seus... dedos.
Hoje sinto-me feliz. Estou apreensivo porque não consigo vislumbrar o porquê.
Perante o espanto dos dragões nas terras do sol nascente, O Glorioso, O Grande, O Maior ilumina (como um "lampião" que se transforma no Farol de Alexandria) os céus de Oriente a Ocidente: Nelson Évora, medalha de ouro, no triplo salto; Vanessa Fernandes, medalha de prata, no triatlo e Angel Di Maria, ouro ou prata, no futebol. Maior que o país, O Glorioso consegue mais medalhas do que o próprio país de que é a alma.
O que O Glorioso precisa é de jogadores com classe, artistas motivados e inteiros.
O que O Maior, O Grande, precisa é de um presidente inteligente e discreto.
Com estas duas condições até eu como treinador seria campeão.
Mesmo assim, tivemos muita sorte: duas vezes campeões nos últimos 20 anos. Estas duas últimas vitórias verificaram-se sem as condições acima referidas. Só serviram para tapar o Sol com uma peneira. Para confirmar a regra: equipas medíocres, presidentes parolos e incompetentes e treinadores insossos e irrelevantes. Com Camacho teremos mais do mesmo. Sofrimento em vão e ausência de arte e beleza no futebol do maior clube do mundo.
Este ano não temos um único jogador genial (posso cometer um erro de avaliação em relação aos jogadores mais novos e a algumas das contratações, que conheço mal - oxalá) e com o presidente que temos será um milagre sermos campeões. No entanto, esta é a minha sina, continuo a acreditar em milagres. Eles não resolvem os problemas profundos, mas a felicidade não existe no eterno. É efémera e esvai-se nos interstícios do tempo.
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