Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Estou a jogar à sueca na praia
eu e mais dois freaks
às vezes vou mijar por causa da cerveja
sinto-me mal
podia sentir-me pior
há sempre um barco com pescadores a esperar pela solidão
enquanto nós sorrimos
ás vezes penso que já fui campeão de dados do Algarve
(em, creio, 1937)
Dói-me não estar contigo mas o que me dói mais é não estar
comigo quando não estou contigo
um alemão atirou-me uma batata (agora sei que cozida) à cabeça
quantas tendas na minha cabeça
dói-me o (ainda) não te poder beijar
compreendes o que é não te poder acariciar? ( com certeza não...)
Enrolo sem saber. Um cão acariciou-me os pés.
Adoro-te
é terrível, é difícil o coração sentir-se em liberdade
por isso sinto vontade de chorar de mansinho. Sim de mansinho
porque não gosto de esperar conselhos (talvez carícias) dos outros.
Espera, a luz do Sol está a corromper o mar
vês os meus olhos a correr por entre as dunas
não?
Para mim é sempre triste sonhar os pesadelos dos outros
mas para quê espremer cebolas nos olhos
não basta o voar das gaivotas cabisbaixas?
Quero estar contigo sempre e os desejos são sempre
pássaros de cabeça enterrada no mar. levanto-me
ao som de três espingardas sem balas.
O planeta (que é o meu) parece morrer
as galinhas parecem rejeitar crocodilos já rejeitados.
Para a semana vou (envol) ver-te, até lá pensa
em tudo o que é a nossa capacidade de gostar um do outro
um beijinho (talvez sem sentido) do eu.
PS: escrito há mais de 25 anos por um jovem perdidamente apaixonado.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.