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A bolsa sobe vertiginosamente, os juros em queda livre. Era disto que o país precisava.
Sem emoção, drama e imprevisibilidade o desporto é apenas um enfastidiante desenrolar de procedimentos previsíveis e bocejantes.
Sem equidade no cumprimento das regras, qualquer actividade humana desprestigia quem nelas participa.
Ontem fez-se História no decepcionante paradigma do desportivo nacional numa modalidade em que também me orgulho de ter sido atleta federado, no Clube de Vela de Tavira, e na qual ostento o título de Campeão Escolar do Algarve, na distante época de 1973/1974 (treinado pelo Grande Professor Américo Solipa, treinador e amigo), numa também dramática final contra a Escola de Silves, no velhinho pavilhão da Escola Afonso III, em Faro. O meu, aliás O nosso, Glorioso mostrou o que vale e o respeito que tem pelos seus adversários leais.
Numa final impressionante ( à melhor de cinco partidas e depois de empatados a duas) em que o resultado pendeu alternadamente para os dois lados até ao apito final, O Glorioso, O Inominável, O Grande, O Maior mostrou porque é o melhor clube do mundo. Depois de 70 minutos de jogo intenso e impróprio para cardíacos, os jogadores das duas equipas alavancaram-se à condição de heróis eternos. Venceu O melhor por 35-34, na presença do recém-empossado director desportivo, Rui Costa, e da águia Vitória. E isto tudo sem telefonemas manhosos, viagens ao Brasil, "frutas eee...róticas", jantares, almoços e lanches e negociatas em casas de alterne (contra as quais, as casas, note-se, nada tenho a apontar, pelo contrário...).
Contra uma presidência imbecil e a predadora hegemonia do futebol, o andebol mostrou a sua pujança e a fibra dos verdadeiros crentes nO Glorioso.
E pluribus unum!
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