Longas filas no
desespero da
palavra insegura e rara do
combustível hipocêntrico na
equação que implode na
respiração dos pássaros
Longas filas na
noite crua no
substrato silencioso e oco das
substâncias prenhes da
rebentação patética e orgástica das ondas do
cutelo suspenso separando as carnes
Longas filas de cadáveres mutilados aspergindo
órgãos e membros na
erecta estrada que nos separa.
PS: Poema internacional. Uma parte feita em Ayamonte ( na fila para a gasolina daí: longas filas e o combustível lá se vai a poesia da coisa) e a outra em Monte Gordo no café. Também criado no dia de regresso ao trabalho. Terá alguma coisa a ver?