Uma viagem à memória do que resta nos dias que passam. Um presente intenso, tortuoso e belo desligado do tempo. Dos tempos. Onde o bem e o mal, o inestético e o estético, a moral e a ética, se banham, fundem e confundem, em dança teleológica, numa sopa que escalda os lábios do leitor. Carregando vidas que se expõem como se nunca tivessem existido. Mas, mesmo assim, flamejantes, traçando caminhos que bordejam as perigosas paredes dos abismos. Dos penhascos por onde caminhar nos rouba, oculta, a vontade de exibir o desejo. O desejo da morte!
Um dos mais impressivos e espantosos livros que li nos últimos tempos.
Os Corredores Habitados, Adão Contreiras, edição Associação Casa-Museu José Pinto Contreiras, Gorjões, 2022.