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Tinhas um segredo para consumo nas horas escaldantes, nas encostas finais dos dias. As humidades apareciam nos dias mais inesperados e era imperativo conhecê-las e avaliá-las como se fossem animais em dias de espanto: dias sem fim se tudo não tivesse fim. Dias para trazer as coisas inertes ao palco das confusas circunstâncias. Apareciam a escaldar a carne e as raízes do corpo. Do apatetado corpo das mãos sem braços. Burgueses banqueteando-se de cadáveres em terraços sobre cemitérios. Estarão mortos os que ainda não nasceram? Para que não caias nas rugas profundas do devir, irei escorar o futuro e tanger cavaquinhos ao anoitecer.
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