Se das fímbrias da tua árvore natalícia, sarça fria e informe, pingasse sangue, a árvore cumpriria a sua promessa de destino: tingir de dor o chão onde cicatrizam os teus passos. Serias então tu a conduzir as tuas errâncias e a rasgar o tempo instalado nas fendas irregulares do esquecimento, nas profecias anunciadas ao principio da agonia incandescente da palavra. Se no chão escarlate que atravessas sem destino não se fecharem as cicatrizes do nascimento dos insurgentes, o pântano ungirá de nojo as verdades que nunca aconteceram.