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exilados

por vítor, em 05.11.13

 

O final do meu "novo" livro "Exilados"...

O homem que agora era aspirava ao que nunca
seria alcançável e por isso fugia da felicidade.
De uma mulher que percorria a cidade cavalgando
na leve montada da loucura, levava apenas a
saudade. A saudade que também reclamava da
vida de outrora. Uma vida aos supetões pela inútil
irrealidade. Pelos risíveis caminhos do sonho.
Nós que dispomos da narrativa ao sabor
do vento. Que criamos o possível a partir do
impossível e revelamos apenas o que viabiliza
o discurso. Que sujeitamos palavras e encadeamentos
sintáticos, tão válidos como outros
quaisquer, dominamos apenas o que aconteceu
e está a acontecer: o passado e o presente. Na
ficção não há devir nem futuro. Por muito pensamento
que preceda a pena, é esta que conduz
o tempo e a ação. Dito isto, direi, passe a redundância,
para terminar a presente, que já vai longa;
sempre a pena a conduzir o inconsciente; que
o novo e nosso homem repousa agora o corpo
metamorfizado num banco de comboio, atravessando
a paisagem a uma velocidade estonteante.
Comprou bilhete para o primeiro comboio a demandar
a estação central. É um clássico: viagem
sem destino para fugir ao destino. Deixa para trás
tudo o que o tempo havia impregnado no seu ser.
Agora, tabula rasa, será um homem à procura de
eternidade.
As paisagens desfilam, indefinidas, como
fotogramas analógicos montados ao acaso, no seu
olhar perdido. Sim agora compreendia a infinita
discussão dos homens sobre o sexo dos anjos.


Uma alegoria sobre a condição humana...

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publicado às 23:27

últimos - romance sem fim

por vítor, em 21.07.13
Deixo-vos aqui as palavras que ombreiam a antecâmara da maior das solidões que podem submergir uma criatura. As portas do inferno. A minha descida ao mundo apocalíptico do romance. Se acaso conseguir encontrar o caminho de saída desta escur...idão labiríntica, darei notícias. Se não...não.

A noite cai do silêncio das árvores. A luz, que se retira, incendeia o céu para os lados da cidade. Agora a solidão é maior. Maior mesmo que a noite que se avizinha. Que as noites que virão. Os passos que invadem o crepúsculo crescente dirigem-se ao encontro do nada. Onde a máscara rege o destino das ilusões compreensíveis. Diante do silêncio das árvores. Os passos de um homem aproximando-se de si próprio. Um homem atravessando a noite inicial, contornado a inquietude seráfica do real.
Nada do que transporta na memória lhe interessa. A vida resume-se à noite que anuncia o recomeço do tempo que se repete. Caminha, porque caminha, como um cão vadio, sem destino, reprimindo o desejo de voltar atrás. Aonde, sabe, imprimiu as pegadas na poeira incontornável. Na vida que também pertence aos outros. É, agora, uma imagem fossilizada que o futuro e o cansaço restituirão ao nada.
Mais uma noite inscrita na recomposição das palavras vazias, inúteis, no preenchimento das horas que antecedem a madrugada. Será assim porque será assim. Repetindo o ritual incontinente anunciado nas entrelinhas que o antanho teceu. O sacrifício é como lama à beira do precipício. Nela banharás os teus restos até ao fim dos dias. Não cairás na obscuridade do vazio infinito. Não tornarás ao chão seco da arbitrariedade.
Beberás as mesmas cervejas, soltarás as mesmas palavras, encontrarás as mesmas falas, os mesmos companheiros na tristeza envolvente; até o pensamento se confundir com a escuridão da noite.
Quando os pássaros se levantam no céu em labaredas, voltas a casa. Ao sono convulso e breve. Até à noite que se anuncia, que virá depois da luz, mergulhas no deserto branco, na imensidão vazia da página oculta onde estampas os sinais vitais que te restam. Rasgar o suporte das palavras, comportaria a libertação a que anseias. É este o dilema que te dilacera a carne. Escrever ou não escrever. Se não escrevo, morro; se escrevo, não vivo.
Sem deixar marcas na poeira da madrugada irrepetível, voltas a casa. Na Côncaba que acorda sem destino.

 

 

 

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publicado às 16:52

o sexo dos anjos

por vítor, em 25.01.13

 

(acabadinho mesmo agora, depois de uns dias de aflição, cá vai sem revisão nenhuma...)

 

O sexo dos anjos

 

O anjo só tinha uma asa e isso incomodava-o. Voava aos supetões, para baixo e para cima, como um pardal. A elegância própria do voo dos anjos era-lhe estranha. Por inimaginável que soe, tinha nascido assim. Nascer, para um anjo, já é uma aberração. Os anjos são, por natureza (sic), eternos e por isso inascentes e imorredoiros. Aquele anjo, este, não só tinha nascido, e por conseguinte faltava-lhe o infinito à posteriori, como o tinha feito sem uma asa. Se seria imortal só o devir nos traria a resposta. Acreditamos que sim: a vida libertá-lo-ia do padecimento final.

Quando o vento soprava irregular e violento, o problema do voo tornava-se deveras complicado. Chegava a parecer uma folha de árvore à deriva nos ares, rolando sobre si próprio,  parecendo, a todo o momento, que se iria despenhar. Dir-me-ão os leitores, sábios na complexa matéria da aerodinâmica do voo, que só com uma asa nem um pássaro voaria. Nem o mais leve dos fuinhas. Mas, meus amigos, a matéria que compõe os anjos não é a mesma que nos acompanha a realidade. Não sendo por isso suscetível a interpretações através das fórmulas e modelos físicos que interpretam o movimento e explicam as suas trajetórias. Ninguém alguma vez pôs em causa a ascensão da Nossa Senhora. E que eu saiba a virgem senhora não estava municiada de apêndices alados. Um sequer. Subiu e pronto. A propulsão da ascensão nunca foi referida como impossibilidade de viagem. Ascendeu e nada há a discutir. Aliás, um dogma não se discute. Este anjo voaria mesmo que não tivesse asas. Como a Nossa Senhora, Jesus Cristo ou o mais pragmático Maomé. Também não consta que o Espírito Santo, que tem as asa regulamentares – sempre duas, as use nas suas deslocações. Alguém já O viu batê-las? (para evitar confusões, alerta-se os leitores para que nos referimos ao bater de asas e não de outras batidelas que o espírito crítico sempre associa a “batê-las”) Sentiu a deslocação do ar do batimento da envergadura? Então por que duvidam das capacidades voadoras desteanjodeumaasasó? Aceito a desconfiança no abstrato. Mas se eu o afirmo é porque é verdade. Este nosso anjo voava! Aos supetões, mas voava. Ia a todo o lado e não recorria às pernas para grandes caminhadas. Ultrapassava todos os obstáculos terrenos recorrendo ao voo. Como qualquer ente alado. Percebido!?

Mas a sua tristeza consumia-lhe os dias. A risota dos outro anjos escarnecendo do seu voo, era insuportável. Nem pareciam anjos. Os anjos são anjos. A essência do bem e do bom iluminando o mundo. Os homens por quem estão encarregados de velar. O mundo visível e invisível; real e espiritual. (num aparte que me deixa envergonhado como escritor, quando escrevo a palavra espiritual lembro-me logo de bacalhau espiritual, mnham,mnham) É certo que o Diabo era um anjo que foi destituído por malvadez intrínseca e imortalidade ímpia. São as exceções que confirmam a regra., diria, para manter a reputação das criaturas que medeiam entre os homens e os deuses. Também a este nosso amigo anjo estava vedada a guarda de humanos. Que diria um pecador terreno ao facto de ter um anjodaguarda sem uma asa? E o mais grave, sei-o de fonte segura, é que os próprios arcanjos tapavam a cara com a asa à sua passagem. Riam para dentro envergonhados. O nosso anjo desesperava com a risota dos seus pares e superiores. Um dia tomou uma decisão drástica. Resolveu partir para longe. Se é que há longe ou distância para os anjos.

Abalou pela calada da noite, aproveitando uma reunião geral convocada pelo arcanjomor para tratar de assuntos respeitantes a uma nova conceção de competências para o desempenho da função de anjodaguarda - como estava liberto desta incumbências não tinha sido convocado -, caminhando pela estrada que levava ao mundo dos homens. A irregularidade do voo poderia chamar a atenção dos anjos de guarda. De guarda dos anjos, neste caso. Já lhe doíam os pés e as pernas quando parou para descansar da caminhada. Sentou-se numa pedra na margem do caminho. O crepúsculo cobria toda a extensão à sua volta. Massajou as pernas e os pés e recomeçou a caminhada. A falta de uso entaramela as estruturas, lentifica a ação. Estugou o passo rasgando a escuridão, renovado pelo descanso. A fronteira estaria, pelos seus cálculos, já descontada a pouca experiência em atividades pedestres, ao cair da noite. A decisão era de alto risco. Tinha-a ponderado longamente e a decisão tomada estava bem alicerçada na longa reflexão. Atravessar a fronteira para o mundo dos homens significava uma viagem sem regresso. Desde que o Paraíso tinha sido extinto, por incumprimento de contrato por parte dos moradores de tão aprazível condomínio, que anjos e homens nunca mais conviveram irmãmente. Pouca gente sabe, mas o Paraíso foi mesmo extinto. Expulsos foram Eva e Adão e toda a pandilha de anjos e arcanjos e seus semelhantes. Homens, para as rudes terras das sombras. Anjos para junto do senhorio de todos e de tudo. Ainda hoje não está esclarecido o papel dos anjos nas desventuras do primeiro casal aquando da precipitação no pecado original. Segundo fontes esptéricas geralmente bem informadas tudo não teria passado de uma questão de lutas fratricidas e fracionárias entre anjos por questões de poder. Políticas de anjos, diríamos hoje. Bem, deixemos estas complexas manigâncias, se bem que muito interessantes, de assuntos politico-teológicos. O que aqui nos interessa são as aventuras e desventuras de um anjo solitário e rejeitado que arriscou a sua vida para renascer. Que ousou recomeçar a partir do nada num mundo hostil e desconhecido.

A luz da madrugada inicial já inundava o vale que separava o mundo dos anjos do mundo dos homens. Ainda hesitou antes de transpor a fronteira. Era o tudo ou nada. E o nada aproximava-o de si próprio. O tudo do mundo anterior ao nada. Entrou. Nesse mundo onde não havia significado nem significante. Onde a razão de existir não existia. Nada tinha explicação e só a morte parecia impor alguma ordem na vida dos homens. Uma capicua existencial.

Entrou, decidido, sabendo que nada voltaria a ser o que tinha sido. Compôs o casaco grosso e comprido, cobrindo a mono asa, e avançou pela estrada silenciosa que penetrava o bosque vizinho. Depois de algumas horas de caminhada, sentiu-se, pela primeira vez, livre como nunca o fora. Ouviu um ruído de motor a aproximar-se. Um camião velho e desengonçado evoluía lentamente ao seu encontro. Estendeu o polegar direito apelando à boleia. Um marreco dos grandes, pensou o camionista enquanto se preparava para refrear a viatura. Para onde, perguntou parando junto ao caminhante. Para onde, repetiu o anjo. E para onde vai o senhor? Para a aldeia da mina. Não que lá more, vou carregar minério para levar à grande cidade. Pode ser, atalhou o anjo sem entusiasmo.

Até Ferrarias, assim se chamava a aldeia da mina, não trocaram uma palavra. Quando finalmente o distinto camião se deteve estremecendo convulsivamente, entraram na taberna que dominava a praça central e beberam duas aguardentes de figo. Finada a convivência, apertaram as mãos e despediram-se no mesmo mutismo da viagem.

O anjo tinha as coisas bem pensadas. A aventura tinha riscos eminentes e consideráveis. Mas, desde o longo casaco de lã aos passos a seguir depois de instalado, tudo estava registado num roteiro mental longamente congeminado. Escolher um nome, encontrar uma morada, arranjar uma ocupação. Forjar uma identidade, uma biografia credível. Depois, só depois, viria o passo mais arriscado e complexo. O extirpar da asa e, assim, um novo nascer. Ângelo. Era um nome vulgar e ao mesmo tempo mantinha-lhe um halo da sacralidade de antanho. Instalou-se numa velha pensão, num quarto esconso e barato com vista para o enorme monte de escombros junto à entrada da mina. A ganga dos dias. Com uma facilidade inesperada, conseguiu trabalho na mina. Seria mineiro. Escavando as entranhas da terra. As profundezas labirínticas da escuridão. Para um anjo, habituado às elevações etéreas, seria uma experiência dolorosa. Mas que o levaria ao lugar do homem mais rapidamente do que qualquer outra profissão. Grandes tormentos atiram-nos para o centro das realidades. O centro da Terra.

O trabalho era duro e sujo mas mostrou-se o ideal para os primeiros tempos de vida num mundo novo. O frio das profundas galerias permitia-lhe trabalhar sem retirar o estranho casaco. Os colegas de trevas eram pouco faladores e, ainda menos, curiosos. A dureza do trabalho não se ajustava a muita festa pós-laboral e, portanto, a dar nas vistas. Até para o varrimento visual que os anjos fizeram a toda a região nos dias seguintes à fuga, se bem que nada pudesse ser feito para o levar de volta, a não ser através da palavra engenhosa e sugestiva, as profundezas das velhas galerias eram impenetráveis. Estava seguro num ambiente instável e perigoso. Os proventos amealhados serviriam para atingir o último objetivo a concretizar no sentido da integração total. Andava, não diríamos feliz, sossegado. Os mineiros são pessoas reservadas e menos curiosas. Pouco se interessam pelas vidas dos que com eles esgravatam as profundezas. As entranhas da litosfera. Se a princípio o inchaço proeminente que empolava o velho casaco tinha estranhado a alguns – havia mesmo quem tivesse notado ondulações da relevante corcunda -, o que é facto é que não tinham passado de leves e efémeras especulações. Na escuridão labiríntica, na rudeza do trabalho, quem quererá lá saber de marrecas movediças. O espírito de todos preocupa-se, sobretudo, com o inimigo número um dos mineiros: o grisu assassino. E bastava que um dos rouxinóis deixasse de cantar para que todos ficassem de sobreaviso. O medo invadia as estreitas galerias e retesava os corpos. A pele seca colava aos ossos e o inferno era uma visão mais aterradora que a mais aterradora realidade da superfície. Talvez até por uma questão de proximidade. Portanto, ali não havia tempo a perder com frivolidades. Ali as especulações deambulavam, quase sempre, pelos mais importantes assuntos da filosofia ocidental: a vida e a morte.

 

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publicado às 17:01









As noites da margem esquerda do Gilão/Séqua estão cada vez mais animadas. No Bar Almariado, numa noite tropical, apresentou-se uma mulher disponível...

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publicado às 21:18

(...) o nevoeiro morno do Levante.

por vítor, em 20.10.12

 

Chegou ontem a casa e já está danadinho para ir por aí à aventura...


Começa assim:
"Não tinha pensado nisso. Os pensamentos também precisam das suas circunstâncias e estas não estão ao alcance da vontade. Acontecem quando ninguém as espera. Mais, emergem, muitas vezes, da realidade quando não são desejadas.
A avenida estendia-se, rude e crua, até ao fim do mundo. Alguns candeeiros iluminavam o nevoeiro morno do Levante. (...)"


Brevemente num sítio qualquer, as aventuras e desventuras dum poeta, bem acompanhado, à procura dum bar aberto na madrugada sem fim...

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publicado às 21:25

uma mulher disponível

por vítor, em 24.09.12

 

Brevemente num sítio qualquer, as aventuras e desventuras dum poeta, bem acompanhado, à procura dum bar aberto na madrugada sem fim...

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publicado às 19:02

 

Breve história do nascimento, vida e morte da Armação da Abóbora, em Cabanas. Apontamentos para um livro inacabado de Fernando Gil Cardeira.

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publicado às 22:33

excrementos involuntários

por vítor, em 17.12.10

 

canalsonora

 

O meu amigo, e poeta enorme, Rui Dias Simão foi professor dois anos lectivos. Um em Rabo de Peixe, enquanto passeou, diletante,  os ossos pela Universidade dos Açores e pelos bares de Ponta Delgada, outro em Vila Real de Santo António. Este último ano lectivo foi bruscamente interrompido quando numa tarde, a seguir às aulas, foi beber umas cervejas e jogar snooker com os seus alunos. Enquanto ajeitava o taco para bater a bola branca, um aluno carambolou a frase que interrompeu uma rica, se bem que curta, carreira de docente. "Qualquer dia até o meu cão dá aulas", atirou, batendo com estilo a referida bola. Nunca mais entrou numa Escola... o poeta, bem entendido.

Vem isto a propósito de um certo livro de poesia que certo "poeta" lançou num determinado mês de dezembro, que por acaso é o que corre na graça de deus. Qualquer dia, até o meu cão, o possante Matrix, edita um livro de poesia.

Portugal é um país de poetas. É uma certeza que os portugueses, sobretudo os poetas, gostam de alardear aos múltiplos ventos. É um país de poetas como o são o Canadá, a Venezuela, a Indonésia, o Burkina Faso, a Nova Zelândia ou o longínquo Botão. Tirando o maior dos maiores, o Fernando, o excepcional Luís e o perturbante Aleixo, o resto não sobressai da floresta de poetas que polui e, na maior parte dos casos, corrompe o plasma que nos esmaga.

"Também tu brutus", digo eu a mim próprio associando-me à poluição vigente. São excrementos (da alma?) senhor, não leveis a sério. Necessidades que não pretendem ser mais do que um escape libertador da alma. Reação exigida pela ação. Sendo a primeira pior que a segunda que já não é famosa. O que me consola, que nos consola, é que o produto expelido não incomoda nem se acomoda  nos transeuntes. Não contamina nem dói a quem se exponha. Inocuidade sem mal. O que mais me preocupa são os amigos que, inconscientemente, me afagam o ego acreditando nas palavras incontinentes que se escapam da centrípeta vontade do emissor. Quem me dera nunca ter escrito uma palavra. Só posso prometer contenção, a osmose involuntária só parará com a morte. É uma doença cruel e crónica. O que me consola é a floresta que tudo abafa.

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publicado às 22:56

um homem que por acaso era eu

por vítor, em 10.12.10

 

 

Outro com produção integral edições CATIVA.

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publicado às 11:38

mais uma corrida mais uma...

por vítor, em 13.05.10

 

Dia 15 de Maio no Auditório do Campo Grande, Lisboa, pelas 19h

Apresentação: Rui Almeida

Leitura de poemas: Inês Ramos


Sábado lá subirei à capital para duas cerimónias rituais: almoço de antropólogos e lançamento do novo livro de poesia do meu amigo Fernando.
O almoço será uma bela oportunidade para ver velhos amigos e viajar um pouco a momentos  felizes de outrora.
O desabrochar do livro do Fernando, Área Afectada, será um acontecimento literário dos mais importantes do ano. 13 anos depois do lendário e admiravél (esgotadíssimo) Ensaio Entre Portas (em baixo) é com grande expectativa que espero para ter o novo livro nas mãos.

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publicado às 17:16


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