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Já digitalizado, com prefácio de José Carlos Barros, o novo livro de Rui Dias Simão está a caminho da gráfica, onde será materializado.
A capa, a contracapa e a lombada e um cheirinho do conteúdo.
Como disse um dia Ferlingueti na apresentação de um livro de Ginsberg, "minhas senhoras, arregaçai as fímbrias das vossas saias que vamos atravessar o inferno!"
Saia à luz do dia em 2008 ou em 2009, será certamente o acontecimento literário do ano.
Aqui para nós que ninguém nos lê, a edição é - será sempre -obra das edições cativa e, parece-me, desta vez, contar com a parceria da editora - muito em voga aliás- 4 águas.
"...arregaçai as fímbrias..."
A mulher não esmorece perante
a literária lua.
Não levanta um medo para os flancos
da pouca noite.
A claridade, a claridade existe para além
dos escombros do filho que não está.
O corpo é uma praça iluminada
quando caminha com existência
visível.
A lua deita-se com esta mulher diária.
A mulher não adoece perante
a memória lúcida e cega.
Onde a areia branca?
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