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Um ano, um mês e um dia depois de ter sido atribuído o primeiro galardão Cativa a Jorge Palma, cabe-me o prazer de anunciar o prémio de 2008 que irá para o Ricardo Araújo Pereira. Prazer porque sendo o "Prémio Cativa" para quem "contribua de forma marcante para o bem estar das pessoas", Ricardo e os seus Gatos Fedorentos constituíram uma lufada de ar fresco que varreu este "país-sempre-em-crise".
Com um humor inteligente e interveniente (vide a rábula ao prof. Marcelo, no caso do referendo sobre o aborto, e no cartaz resposta à provocação do cartaz da extrema direita quanto à emigração) emergiram rompendo o nacional/humorismo do trio fatal, bêbedo, paneleiro, cornudo, que pulveriza audiências. Com o seu humor provocante, deambulando nos limites dos limites, Ricardo Araújo Pereira montou o espelho onde o país pôde contemplar-se sem intermediários. É duro mas é nossa imagem.
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