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Por volta de 240 a C, Eratóstenes, director da Biblioteca de Alexandria, encontrou nuns velhos rolos de papiro a informação de que na cidade de Siena (hoje Assuão), no solstício de Verão ( o dia mais longo do ano), ao meio-dia, o Sol reflectia-se nas águas de um fundo poço. Querendo isto dizer que estava a prumo, nada tinha sombra nesse momento. Sabendo que as colunas de Alexandria, à mesma hora, do mesmo dia, projectavam sombra, concluiu que a Terra não poderia ser redonda.
No ano seguinte, com o uso de uma alta estaca espetada na vertical, mediu o ângulo das sombras em Alexandria e obteve o valor de 7 graus e 12 minutos, ou seja 1/50 dos 360 de uma circunferência. (em Siena o Sol estava a 90 graus sobre a superfície da Terra)
Concluiu, portanto, que o meridiano deveria ter 50 vezes a distância entre AleXandria e Siena.
Para medir a distância entre as duas cidades , Eratóstenes organizou uma equipa de instrutores com camelos e escravos que a pé seguiram em linha recta, percorrendo desertos, montes e vales, tendo que, inclusive, atravessar o rio Nilo. A distância encontrada foi de 5.000 estádios. Assim, multiplicando 5.000 estádios por 50, concluiu que o perímetro da circunferência máxima da Terra deveria ser de 250.000 estádios. Não se sabe ao certo a equivalência entre estádio (usado por Eratóstenes) e metros, pois obras distintas relatam diferentes conversões, mas estudos científicos modernos demonstraram que os 250.000 estádios equivaleriam a 40. 000 quilómetros.
Hoje com computadores, satélites, GPS e outros preciosos instrumentos verificamos que o resultado é muito aproximado. O perímetro da terra no Equador (o maior) é de 40 070 km.
Como vemos há dois mil anos o homem não tinha nada a dever aos que hoje se passeiam pela superfície do planeta azul, bem pelo contrário...
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