As pessoas têm a mania de ter opinião sobre tudo. Eu também. É claro que a maior parte das vezes é um palpite como é o do totoloto. O que é que percebes de aeroportos e de aviação para opinares sobre a Ota ou Alcochete? E sobre maternidades e serviços de saúde? E códigos penais? E educação? E...E...E...?

É fantástico e importante que o façam. A liberdade afere-se pelas opiniões diversas múltiplas e mesmo, como diriam os "Gato", fraquinhas. Eu é que estou farto de me desgastar e preocupar com factos e decisões que, na maior parte dos casos, tomo por parcialidades políticas e afectivas, e por isso mesmo sem interesse absoluto. Por isso estou cada vez mais a evitar envolver-me em querelas alheias.
Isto tudo a propósito das primárias americanas. Como sou de esquerda (lá está) gostaria que ganhasse um candidato do Partido Democrata (interrupção para ver o fantástico golo de Manucho que empata o jogo Angola/Egipto) e estava indeciso entre Obama e Hillary. Quando vi a fotografia de Obama a visitar a sua avó negra , em África, escolhi-o sem pestanejar. Depois comecei a ver o entusiasmo da direita portuguesa por este Kennedy negro e tive dúvidas. Nos últimos dias mudei de ideias. O, ou melhor, a minha candidata é Clinton. Parecendo que não, é menos plástica do que Obama. É menos americana. E a sua frase no debate democrata "foi preciso um Clinton para reparar os estragos que um Bush fez, é preciso outro (a) Clinton para limpar o lixo que outro Bush espalhou pelo mundo", foi o clique que me fez mudar.
A minha candidata è Hillary Clinton!