Quando fundei este blogue o objectivo era, e está escrito, dar a conhecer alguns escritos que tenho lavrado no duro chão do papel branco. Aliás gritei-o ao mundo cibernético ( sem grande eco mas solenemente) que iria editar um livro de contos, um livro de poemas e, imaginem, um romance. O conjunto de contos a que apelidei "Transeuntes", aí está em linha e é só ir às Tags e carregar na respectiva. Orgulho-me do que lá está postado embora os meus amigos não compreendam lá muito bem. Também não é para compreender. É para perguntar. Para questionar as vidas e o quotidiano de tristezas que nos atravessa e peia. Mas, modéstia à parte , é o melhor que já alguma vez escrevi e penso que tem qualidade. Quanto ao blivro de poesia, vamos atrasados mas vamos indo. Chegarei certamente a bom porto. Por "Transeuntes", dou a vida. Por "Partículas", apenas as mãos. Quanto ao romance, estamos a escrevê-lo mas... Um romance precisa de tempo, muito tempo, e eu não o tenho. Um conto sai de rompante e o papel só tem de apará-lo. Um poema escreve-se no café. Um romance, pelo que vou constatando, escreve-se numa vida e mesmo assim não estou certo.
Ora a criatura impôs-se ao criador e foi para onde quis, se é que uma obra tem vida própria. Arrepiou caminho pelas políticas, raspou a filosofia e, imaginem, ridicularizou terceiros o que é inadmissível para um blogue que se bate por não incomodar. É pois por isso que dentro em breve irei apresentar um novo editorial da criatura. Urge, porque este blogue se tornou "espertinho" e "contentinho" e o criador prefere eliminá-lo a ser seu cúmplice nestes trilhos manhosos e burguesóides .
Este é um blogue de um homem só. Só na gestão da máquina, solitário na manipulação dos conteúdos. Assim vai continuar a ser porém a ideologia (se assim podemos falar) vai levar uma volta. Uma grande volta...