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Sem direcção absoluta.
Linhas tortas que entoam
Sinaléticas mortais.
Escreves contra a coragem dos alinhados
Contra os que dizem sim
Não sabendo o que é ser livre.
Contra tudo, sem paz
E atabalhoadamente simples.
Escreves como serpente na terra leve.
Não há truques
Sorves a animalidade dos restos
Hipnóticos dos muros envolventes.
Escreves palavras, sons malditos
Que verberam as mentes sábias
Palavras uivantes na chuva irradiante
Uma escola sem aprendizagem
Na lenta escuridão dos séculos
Larva semiótica na pele quebradiça,
Nas dunas prenhes
Do sedimento vital e cru.
Escreves ao sabor das correntes sem dor
Dos cômoros de pólvora lavrada
Num fim de tarde na esplanada fria.
Escreves no sonho, antes do pesadelo
Na cruenta noite do sexo
Encantando sílabas pessoais e impróprias
Revelando saltos no texto infinito.
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