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apresentem-se as facas e os garfos, e os gargalos do vinho novo,
recomendados pelas casas de pasto antigas
e todos seremos nada no intervalo
das coisas - algo que se agiganta nas solenidades invulgares do esquecimento -,
nada na imensidão
apresentem-se os candidatos a artistas
convidados, artistas entre artistas,
todos os que se arrastam
na efemeridade dos tempos entre a vida
e a morte, a genética das volumetrias disformes
que derrama a cortina de lágrimas
incandescentes na matriz do sexo digital
(os últimos devem ser sempre
substituídos segundo a previsão meteorológica
atempadamente indicada para os locais a visitar
e a legislação revogada nos anos pares)
e todos seremos nada no intervalo das coisas
nos dedos impróprios agonizando
na imprecisão da pele lavrada,
esquecendo os porquês da contradição
dos dias caídos. quem iludir os encantadores de incautos
escavadores de vocábulos malditos
será entronizado monarca do reino das traições serenas:
primeiro entre sombras de um mundo desaparecido;
depois navegante sem mar, albatroz rasgando o vazio
o calendário não conduz os passos
na direção da penumbra...
VRSA
4/9/13
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