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Bom Ano Novo!

por vítor, em 31.12.07
Os meus amigos Sérgio Mestre, Telmo, José Francisco, Janaka e outros, num memorável concerto no Naval, em Olhão.

Que saudades!

Registo feito nos anos 90 pelo José Bivar.

http://margemdois.blogspot.com/2007/10/msica-completa.html

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publicado às 00:46

A vida boa dos homens

por vítor, em 30.12.07


Não resisto a partilhar convosco o que li hoje numa daquelas revistas de género tão cool nos nossos dias. Esta,  virada para o sexo feminino, era uma das que acantona os homens num condomínio fechado onde dificilmente vegetam. Eu,  que considero que existem mulheres tão diferentes de outra mulheres e homens tão diversos de outros homens, que podemos encontrar mulheres mais próximas de homens e homens mais parecidos a mulheres, não compreendo esta necessidade de tornar estanques estes dois mundos em questão e de alimentar estes proselitismos através de órgãos oficiais de género.

No entanto, desta vez, a revista parece soçobrar (parece só, porque atribui a propensão do enigma ao malvado homem) e  pergunta "Porque será que os homens nunca ficam deprimidos?" A pergunta não tem muito interesse porque parte de uma premissa errada. A resposta, como é óbvio, também enfermará em logro. No entanto, neste caso,  funciona como um espelho para nos vermos como elas, as militantes revisteiras, nos enxergam. É essa explicação da impertinente questão que aqui vos deixo:

"Não é que eles não sejam imunes à depressão, mas a verdade (desconcertante) é que os homens têm cerca de menos dois terços de hipóteses de deprimir em relação a nós. Porquê? Existem diversas teorias. Entre as quais está o facto de, em geral, os homens terem uma vida mais fácil. Se não, pense connosco: não é verdade que que a maioria das mulheres que conhece continua a assumir a maior parte das responsabilidades pelos filhos e pela casa, independentemente de quantas horas trabalha fora?

(até aqui concedamos, embora cada caso seja um caso. Agora sim, o melhor naco da prosa)

Acrescem ainda muitos outros factores que, apesar de parecerem ninharias, fazem toda a diferença. Aqui ficam alguns: O mecânico (vida fácil onde, como é óbvio não encontramos mulheres) diz sempre a verdade aos homens; eles nunca ficam em fila de espera para a casa de banho (vê-se mesmo que a articulista nunca frequentou uma casa de banho num estádio de futebol); umas férias de 15 dias requerem apenas uma pequena mochila             ( mas... e o Castelo Branco, meu Deus!); o mesmo trabalho, maior salário; as rugas dão-lhe charme; o mesmo corte de cabelo serve-lhes durante anos, ou mesmo décadas (reaccionária!); eles nunca vêem o pó e a roupa suja que se acumula pela casa (será a miopia uma doença masculina?); só precisam de depilar (sic) o rosto e o pescoço; podem usar calções sem problemas de mostrar as pernas (?); (e agora o orgasmo textual) têm liberdade para decidir se querem, ou não, deixar crescer o bigode; e, por último, têm-nos a nós que os mimam todos os dias (que queridas!): Em suma, têm tudo para ser felizes.

Escusado será dizer que a subversiva  literatura entrou em casa  pela mão da  deprimida cá de casa. Eu claro sou o felizardo.

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publicado às 22:33

O patriarca e eu

por vítor, em 26.12.07



O Cardeal Patriarca de Lisboa D. José da Cruz Policarpo declarou, na sua homilia, que o "maior problema da humanidade é a negação de Deus". E insistiu que "todas as expressões de ateísmo,  todas as formas de negação ou esquecimento de Deus continuam a ser o maior drama da humanidade..."


 

Não me sabia tão perigoso para com a humanidade e o mundo! Ingenuamente pensei que problemas reais e muito preocupantes seriam os homens que se fazem explodir no meio de outros homens em nome de deus, as instituições religiosas que recusam o uso das camisinhas que poderiam impedir o alastramento da sida e outras coisitas do género.


 

Afinal a propagação do mal está em mim e noutros não crentes como eu. Ou será que o homem  tinha abusado do sangue de Cristo?



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publicado às 23:36

Depois disto nem Sagres está a salvo

por vítor, em 23.12.07


Depois de retalhado o triângulo mágico da Ponta da Piedade (na imagem a verde a área onde será implantado o Cascade Resort), já tudo é possível neste Algarve de resorts. Agora só falta o Promontorium Sacrum . O Resort das Descobertas e o SPA do Infante apontados ao mundo. Que belo monumento à globalização!

Olhem ao menos para o elucidativo caso das Canárias: mais resorts e mais turistas, menos receitas. Mais construção para receber mais turistas e conseguir mais receitas, destruição de um dos mais valiosos patrimónios naturais do planeta.

Digo-vos, o rendilhado das falésias da zona da Ponta da Piedade é, seguramente, dos pedaços de costa mais fantásticos do mundo. Mais fantásticos e mais frágeis...

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publicado às 22:53

ASAE OBLIGE

por vítor, em 18.12.07


Meus amigos preparem-se para comemorar a entrada no Ano Novo, escorropichando pela última vez as vossas elegantes flutes prenhes de Murganheira ,  que para o ano terão de o fazer em copos de plástico. ASAE oblige .

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publicado às 23:38

Jesus e o Natal

por vítor, em 18.12.07



(foto retirada do blogue A Poda de Árvores Ornamentais)


Não gosto nada do Natal e muito menos do "espírito de Natal". Penso que Jesus Cristo também não...

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publicado às 23:28

Pescadinha de rabo na boca

por vítor, em 13.12.07


1 - Um homem qualquer, num café qualquer, duma cidade qualquer, insurgia-se contra a falta de educação e a violência nas escolas. Portou mal, rua. Rua da aula. Continua a ser insolente, rua da escola. A  Escola é para aprender e não para aturar quem não se sabe comportar. Não sabe aproveitar o que lhe é dado, fora.

2 - Noutro dia qualquer, aquele homem, naquele café, naquela cidade,  insurgia-se contra a falta de segurança que varria o país. Roubos, tráfico de drogas e de carne humana. Assassinatos, violência doméstica, vandalismo suburbano.

3 - Este nosso homem, neste nosso café, nesta nossa cidade é cúmplice em 1 e conivente em 2.

4 - As escolas não  podem reproduzir mecanicamente o social. Premiar quem vem já premiado. Punir quem já chega estigmatizado. De nada serve agir de forma violenta (mesmo que escudado na lei e na regra) sobre quem só conhece a violência. A Escola tem de encarar a agressividade natural de certas crianças e jovens (a brutal reprodução social é mais feroz entre os indigentes e os marginais) como um desafio. Um trabalho intensivo e desgastante, mas um desafio, diria eu, aliciante. Como um engenheiro prefere um projecto de ponte sobre um largo e caudaloso rio, a uma ponte sobre uma ribeira insignificante. Como um actor se sente realizado com Shakespeare , e se cansa de teatrinhos com bêbedos, paneleiros e cornudos ( a trilogia que tanto faz rir os portugueses e que faz o sucesso televisivo de Malucos do Riso e Prédios do Vasco). Como ler um bom livro é mais aliciante (embora exija mais empenho e trabalho) do que seguir uma telenovela do "horário nobre". Gerir tempestades é muito mais  compensador que navegar em águas mansas.

5 - Excluir, o mais fácil, é desistir de alguém. É abandonar quem só tem a Escola como meio de se integrar. Quem só no seu seio pode aceder a "um mundo novo," um mundo de igualdade, liberdade e segurança. Parece mentira, face à transpiração  da "sábia "opinião pública, mas é aqui, na Escola, que grande parte dos jovens estão protegidos da violência e das arbitrariedades do seu dia a dia. Atirá-los borda fora, para além de abandoná-los cobardemente, é condená-los à pobreza e à violência sem fim.

6 - Sem possibilidades de se integrar, uns limparão retretes ( continuarão a ser pobres e ignorantes) outros entrarão nas vidas das noites eternas. Vingar-se-ão dos integrados assustando-os e maltratando-os por gozo e, sem dinheiro e sem poder, entrarão no mundo do crime para aceder a carros de luxo, plasmas, telemóveis, poder na ponta da baioneta, mulheres, roupas fashion , e outros luxos dos ricos e remediados. O seu fim será sombrio: nos escuros calabouços ou na precoce morada eterna.

7 - Quando um aluno diz, sorrindo maliciosamente, ao seu professor "da Terra à Lua são 380 000 Klms , não são sr . professor?" O professor devia responder-lhe:"Não sei nem me interessa saber!.
Quando um aluno diz, sorrindo com desprezo, pra qué queu quero saber co Marquês de Pombal fez a cama ós Távoras?" O professor deve responder que o senhor era "mais mau" cos homens em cuecas do Wrestling e assim instigar o aluno a investigar tão interessante personalidade.

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publicado às 22:35

Obviamente demita-se

por vítor, em 04.12.07

(retirado do Blasfémias)

Ao sr.  José Manuel Fernandes, ilustre director do Público, só lhe restava, no mínimo, uma saída digna: obviamente demitir-se!

Tão feroz defensor do rigor e da excelência de políticos e, sobretudo, de funcionários públicos, depois da manchete do Público de 2ª Feira ( em que revelava e relevava a vitória de Hugo Chavez no referendo) só este seria o caminho se ainda tivesse alguns restos de vergonha.

Pelos vistos, e utilizando uma metáfora muito do seu gosto, "a culpa vai morrer solteira".

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publicado às 22:27

Futebol de plasticina

por vítor, em 02.12.07


Na minha aldeia, os rapazes passavam os tempos livres a jogar futebol. Esses tempos livres infindáveis, sem televisão, play-station e computador, de  peladas de horas, só eram, timidamente, interrompidas pela temporada do pião, do berlinde e pelos jogos de férias como as coboiadas, as corridas de caricas e os Domingos na praia. O futebol era rei e senhor. Era também o responsável pelos maiores castigos maternais. Calças rotas, cabeças partidas e deslocações fora do alcance do grito da progenitora eram motivos para a  maior parte dos dramas que afligiam a pequenada. depois cresci e enfileirei no futebol a sério, federado!, no distinto ( e extinto) Clube Desportivo Tavirense. Para os fiéis e infiéis, "O Desportivo". Foram anos e anos, de infantil a sénior, até me mudar para a capital para o tal de curso da praxe.

Por isso o pontapé-na-bola entranhou-se-me nos genes. Sou um transgénico. E como estes, a minha constituição genética é-me contra natura e irreversível. Transgénico uma vez, transgénico para sempre. E o mal que isso nos traz...

Hoje transporto a infelicidade de 6 000 000 de tristes que como eu têm como deus "O Glorioso, O Inominável".  A nossa vida flutua ao sabor dos  Seus desempenhos nas várias competições. Eu, hoje, sou um ente derramado nas calçadas da vida. Um ser em decomposição,  em processo entrópico acelerado. Sei, porque creio, que grandes dias virão. Só por isso não vou até ao fim. Do fim.

PS1 : Faço 50 anos em 2008. Na Primavera. Tenho poucas certezas na vida, mas tenho a certeza que se tivesse jogado todos os jogos dO Glorioso em lugar do Nuno Gomes, teria mais golos marcados do que ele.
PS2 : O Camacho foi um grande jogador. Talvez o melhor ala esquerda  que já vi jogar. Num Real Madrid de luxo só superado pelo Ajax dos anos 70, uma equipa com um futebol extraterrestre e, até hoje, inatingível. Mas como treinador... concedo percebe tanto como eu de servo-croata.
PS3 : O que me custa é ter perdido com uma equipa que não jogou nada, que não mereceu ganhar e que vinha de uma goleada com uma equipa de segundo plano no futebol inglês actual e ainda por cima treinada por um espanhol desconhecido.
PS4: A jogar assim temo pelos meus dias futuros...

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publicado às 19:00


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