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O charme pesado da burguesia

por vítor, em 08.11.07
Ele tem uma casa como esta.



Uma esposa como esta.



Um carro...



Passa férias em sítios como este.



Ele é o burguês. Coitado...

Vive  na caverna de Platão...

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publicado às 19:08

Hipantropias

por vítor, em 03.11.07



O meu amigo Rui, aliás, o poeta Rui Dias Simão, autografando o seu livro de poesia Hipantropias , no dia do seu lançamento, na ponte romana de Tavira.

A obra tem a chancela das Edições Cativa ligada, como não podia deixar de ser, a este blogue.

Depois de intensas tertúlias no Café Aliança em Faro ( o centro vital da poesia portuguesa), o poeta prepara-se para dar à luz uma nova obra. Mais uma vez serão 69 poemas a rasgar o panorama cultural do país. É pena que o dito ande tão distraído e não se aperceba das luzes que riscam os céus  a Sul...

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publicado às 22:54

Noite Inacabada

por vítor, em 02.11.07
Um homem triste
Atravessa a linha do horizonte
Transporta nas mãos
Um saco de sonhos desfeitos.
Uns, tornados reais, dilacerantes
Outros possíveis e intocáveis, refractários
Alguns impossíveis, opacos ao alcance dos cabelos
Entornados.
 
Na enlameada estrada da vida
A existência comprometeu-lhe
Sorrisos desafiantes
Efémeros e vãos
Num cadinho de ilusões borbulhantes.
 
Atravessa o horizonte
Deixando atrás dos seus pés
Um rasto de flores, cemitérios e
Paixões
Um pesadelo, hálito incandescente
Na composição das águas
Em solavancos etéreos e ocos
Montanhas por cumprir sem
Compaixão desinibida.
 
Alguém cria na noite inabitada
De seres semeados em bandos de aves
Brancas
Calafrios gritantes na escuridão da mente entupida.
 
Alguém elabora um critério
Estranho e melancólico
Para avaliar os que tombaram
Nas ladeiras íngremes sem olhar
No soluçar prenhe das conveniências
Saltando degraus no comboio parado
Fora dos ferros paralisantes
Na implosão doentia
Das criaturas ofendidas.
Num caldo morno que arrefece
(O longínquo nascimento das púrpuras mamas entumecidas)
Apontando o sexo da minoria escalavrada
Os servos da orgia viciante e vermelha
 
O rio, a garça, sem graça, cinzenta que persegue
Os peixes voláteis
Sem tempo no tempo interminável.
 
Hoje atravessas a linha flutuante
No futuro perpetuas a árvore de pé
A teus pés
És um homem ensimesmado sem contornos
Reais.
 

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publicado às 17:48

Ordálio breve

por vítor, em 01.11.07
A senhora é acusada de bruxaria,  disse o juíz severo e institucional. O julgamento será breve, como deveriam ser todos os julgamentos, e a decisão sem recurso. A verdade demonstrada sem equívocos aos presentes.

Os meus zelosos assistentes terão a bondade de a atirar às águas límpidas deste rio. Se se salvar será culpada, se se afogar, o veredicto será claro como as águas: inocente.

Façamos justiça!

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publicado às 22:58

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