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Morreu o meu primo Arménio. Era um homem alto, bonito, inteligente, simpático. Era tudo o que toda a gente gostaria de ter sido. Ainda por cima com uma vida desafogada (por herança) e um bom emprego. Já desconfiava que a terrível doença, que tinha afectado o pai nos últimos anos da vida e que passava, hereditariamente, para os filhos varões, tinha grandes probabilidades de o afectar. E assim aconteceu, ainda mais terrível do que ao seu pai. Chegou mais cedo e com sintomas mais devastadores: aos 40 anos começou a sentir desequilíbrios, pouco depois deixou de conduzir, depois deixou de poder exercer a profissão que era sua, deixou de andar e passou a estar sentado, depois a estar deitado, pois os tremores e convulsões não lhe permitiam segurar a cabeça, a fala tornou-se imperceptível, etc, etc,(para vos poupar e para me poupar).
Faleceu depois de 20 anos de doença, de um sofrimento atroz para si, para familiares e amigos, um destroço humano que a quem o visitava deixava sem palavras durante horas a seguir a estas dolorosas visitas.
Infelizmente, para ele, para todos os que o rodeavam, lúcido até ao fim, até aos 60 anos.
E ainda dizem que Deus existe...
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