Estou fulo! Venho agora da reunião de avaliação final de uma turma do 6.º ano e os meus alunos tiveram 50% de negativas a Língua Portuguesa, no exame final. Como só dei uma negativa na classificação interna, deve haver algum mal entendido. Todos os que tiveram negativa no exame, à exceção do que tinha tido negativa na avaliação interna, obtiveram percentagens entre 44 e 49, ou seja, com na avaliação interna se têm em conta as competências transversais (assiduidade, empenho, pontualidade, comportamento e outras) não existe incongruência entre a avaliação externa, que só avalia as competências específicas (os conhecimentos) e a avaliação interna: as duas avaliações são incomparáveis. Depois os critérios de avaliação do exame eram inenarráveis...Por exemplo: numa questão a resposta certa era " determinante demonstrativo". Se o aluno respondesse somente determinante, tinha metade da pontuação, se respondesse determinante demostrativo ( falta do n em demonstrativo) tinha zero. Outra: pedia-se aos alunos para "referir as dificuldades em...". Os alunos que enumeraram as dificuldades tinham a resposta errada. Tinham que elaborar um texto. Então não se pedisse que referissem. Quem devia ter negativa eram os que elaboraram os critérios de avaliação. Ou então eles estavam construídos para humilhar os alunos e gozar com o trabalho dos professores! Não estou a querer dizer que os alunos não tiveram a sua quota parte de responsabilidade. Sabiam, os que estavam transitados na avaliação interna, que o resultado do exame não contaria para nada. Mesmo que tivessem 1 ( a nota mais baixa possível).Estou, mas estou mesmo, fulo!