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Eles comem tudo e não deixam nada...

por vítor, em 06.11.08

Assim vais este país, assim vai este Allgarve...

 

Nem quero falar muito sobre o assunto. Causa-me sofrimento. Por isso remeto-vos para aqui.

 

 

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publicado às 23:31

Depois disto nem Sagres está a salvo

por vítor, em 23.12.07


Depois de retalhado o triângulo mágico da Ponta da Piedade (na imagem a verde a área onde será implantado o Cascade Resort), já tudo é possível neste Algarve de resorts. Agora só falta o Promontorium Sacrum . O Resort das Descobertas e o SPA do Infante apontados ao mundo. Que belo monumento à globalização!

Olhem ao menos para o elucidativo caso das Canárias: mais resorts e mais turistas, menos receitas. Mais construção para receber mais turistas e conseguir mais receitas, destruição de um dos mais valiosos patrimónios naturais do planeta.

Digo-vos, o rendilhado das falésias da zona da Ponta da Piedade é, seguramente, dos pedaços de costa mais fantásticos do mundo. Mais fantásticos e mais frágeis...

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publicado às 22:53

O Rio em Perigo (Semana Cultural)

por vítor, em 13.06.07
Filme de bonecos animados, utilizando figuras de plasticina, produzido e realizado pela turma do 5ºD, da Escola Básica de Monte Gordo. Este projecto foi desenvolvido na disciplina de Área de Projecto e coordenado pelo professor Nuno Martins. Saliente-se que se trata de uma turma de currículos alternativos com dificuldades comportamentais e de aprendizagem.

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publicado às 16:30

As árvores morrem de pé

por vítor, em 16.05.07
A Câmara Municipal de Tavira, procurando adicionar uns euros às suas receitas próprias, decidiu vender a madeira das bermas da estrada municipal que liga a cidade à simpática povoação de Cachopo.

Eucaliptos ornamentais, de grande porte, que levaram anos e anos a crescer. E no instante que demora uma assinatura adjudicou-se a sua eliminação!

Se eu escrevesse para o «Contra Informação», certamente diria que Tavira está na vanguarda!

Depois dos municípios livres de armas nucleares e dos municípios livres de trangénicos, surgem os municípios livres de eucaliptos. Corta-os sem piedade, sem hesitações, porque a liberdade é difícil de conquistar!

Ou, se escrevesse para o «Gato Fedorento», abordaria o ocorrido de um ponto de vista mais ácido: Tavira tem um movimento vegetariano racista. Não é contra os pretos, nem contra os chinas, é contra os eucaliptos!

Cortem-nos e devolvam-nos à Austrália, ou lá para onde uns senhores doutores e engenheiros dizem que essas horríveis árvores vieram!

Deixando as graçolas idiotas, o que aconteceu na estrada Cachopo-Tavira mostra a enorme e reprovável insensibilidade de uma infeliz decisão autárquica.

A primeira consequência é que a parte intervencionada da estrada ficou feia e inóspita.

A enorme quantidade de eucaliptos de grande porte tornavam a estrada aprazível e convidavam a passeios até Cachopo. O seu desaparecimento incentiva a fugir para outro lado!

O turismo no interior certamente fica grato à Câmara Municipal por este contributo, e os cachopenses até talvez o sintam directamente nas suas carteiras, com as receitas provenientes do turismo que deixam de entrar.

Não é transformando estradas acolhedoras em desconfortáveis que se apoia o turismo no espaço rural, e nem todos os desdobráveis e folhetos que alguém faça agora com o papel produzido a partir das árvores cortadas serão suficientes para colmatar o mal estar que se sente naqueles quilómetros.

Todos sabem, também, que decréscimo de turismo no interior é sinónimo de mais abandono demográfico, envelhecimento e morte...

Outro argumento, que terá sido enunciado pela Câmara Municipal, é o da redução do risco de incêndios florestais. Totalmente errado!

Quem não sabe que nenhum incêndio começa em árvores de enorme porte, mas sim em vegetação rasteira e arbustiva?

Bastava manter limpas as bermas de lixo, ervas, ramos e arbustos. O risco de incêndios seria nulo ou mínimo!

Agora, a partir do próximo Outono, nessas bermas de estrada crescerão ervas, estevas e alguns outros arbustos, aproveitando os espaços abertos.

Essa vegetação, pelas suas dimensões e características, vai ser facilmente combustível e o risco de início ou propagação de incêndios florestais ficou, afinal, agravado.

Muito mais se poderia escrever sobre decréscimo da segurança rodoviária e sobre aumento da instabilidade dos taludes limítrofes à própria estrada.

Enfim, limito-me a desejar que a Câmara Municipal de Tavira se apresse a repôr, na medida do possível, a anterior situação, replantando as bermas com espécies adequadas. Mas, por favor, não escolham acácias, mesmo que se saiba que crescem muito depressa...

Aplique-se o princípio do «poluidor-pagador», ou melhor, do «destruidor-recuperador».

*professor da Universidade do Algarve, especialista em Desertificação, residente em Tavira

10 de Maio de 2007 | 13:21
Nuno Loureiro*

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publicado às 23:46

República do Algarve

por vítor, em 13.04.07


Quando será que quem nos governa e que quem cá vive (no rectângulo) conclui que o atraso do país se deve à inexistência de uma regionalização? Que a macrocefalia olisiponense é a grande responsável pela anomia que bloqueia o nosso desenvolvimento desde D.João III?

Nos últimos anos a capital mais parece um poderoso buraco negro que tudo aspira à sua volta. Um centro canibal que se irá, mais cedo ou mais tarde, começar a devorar a si próprio. Era bom que se tomasse consciência desta realidade que nos destrói como nação ( ao contrário do que defendem os centralistas) e nos homogeneíza e aplana.

A regionalização é a possibilidade do país se erguer da mediocridade em que tem estado atolado e, com sustentabilidade e contributo de todos, se impor nestes novos tempos de globalização.

E para quem teme um desenvolvimento mais desarmónico ( o que manifestamente deve ser muito difícil depois destes últimos 50 anos), julgo que um poder intermédio será a melhor maneira de controlar e avaliar os profundos e indetectáveis poderes locais e seus relacionamentos com os não menos recônditos poderes económicos. É esta articulação que tem faltado e o mediatismo dos casos de corrupção autárquica não são senão a maneira de o poder central justificar a sua perenidade e como forma de ocultar os, esses sim penosamente danosos, meandros da corrupção emanada do dolicocefalismo central.

No Algarve urge a descentralização e o incremento da regionalização. Sem elas a região está à deriva e o futuro será um barco sem rumo no vasto oceano da globalização.

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publicado às 18:25

Aquecimento global

por vítor, em 18.03.07

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publicado às 17:39

Tragam-me as estações de volta...

por vítor, em 08.03.07
"Há petróleo no Algarve!"  Depois das low cost a darem-nos cabo da tranquilidade da "época baixa",  vêm agora os caçadores de crude ameaçar-nos o ano inteiro. Por favor, instituam a tão vilipendiada sazonalidade. Os indígenas; pessoas, animais, plantas, areias, águas, ares, pedras e por aí fora; agradeceriam. E estou certo que os que nos visitam também. O que parecendo um paradoxo, pensando bem, não é.

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publicado às 16:32

Ponta da Piedade - Lagos

por vítor, em 11.02.07

Numa das mais belas zonas costeiras de Portugal e, porque não, do mundo, prepara-se mais um vil atentado ambiental e patrimonial.

Para mim que acampei livremente neste triângulo mágico durante anos de adolescência e que escolhi a cidade de Lagos para iniciar a minha vida profissional, dói de forma profunda e irrevogável. Como é possível? Por onde andam os briosos lacobrigenses? Como é permitido este descaramento, este acto predador?

Passo a citar parte do que li no Expresso em página inteira de publicidade:

"Villas e apartamentos de luxo à beira mar numa das mais belas e preservadas (sublinhado meu) paisagens do Algarve"

"Hotel de 5 estrelas, 20 villas, 58 apartamentos, área comercial"

1,5km de frente de mar e acesso directo à Praia"

Uma barbaridade com nome apropriado: "Cascade"

Também aqui para os meus lados, Sotavento, o Sr. Luís Filipe Vieira se prepara para destruir os poucos metros livres de zona costeira entre a Alagoa/Altura e a Praia Verde. Numa zona húmida de dunas e pinhais, mais do mesmo: villas, apartamentos, hotéis e campos de golfe. Tudo em conformidade com a lei!

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publicado às 22:01


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