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Todos os homens de Creta são mentirosos.
Assinado: Um homem de Creta.
do olhar para dentro da sopa.
A moeda era de ouro.
Parecia um sol.
O olhar do homem deixou de brilhar.
Bebeu apressadamente a sopa
mas engoliu a moeda.
Percebeu ter a sopa dentro do estômago
com a moeda lá dentro .
Foi então buscar a pistola
e disparou contra a sopa.
Acertou na moeda e
viu o ouro transformar-se
num pequeno riacho vermelho.
Sobre o dia de João Silva, do Montijo leia o fantástico artigo de Pacheco Pereira publicado no Público. Simplesmente esmagador!
E ainda se pode colher mais informação, se se quiser completar o perfil do Sr. João, dos satélites, dos serviços de informação e da, ainda tão pouco conhecida, nanotecnologia.
Ainda em pleno conflito da 2ª Guerra Mundial, os serviços de informações militares encomendam a Ruth Benedict um estudo sobre a cultura japonesa e o Japão. O motivo é óbvio: os americanos preparavam-se para derrotar o Japão na guerra e para uma longa ocupação. Conhecer profundamente um povo que ia ser ocupado, e do qual os americanos nada sabiam, parecia-lhes evidente para obter sucesso, como a própria Ruth reconhece na primeira edição do livro que resultou da sua pesquisa, em 1946.
"O Crisântemo e a Espada" é um dos mais admiráveis livros que existem sobre o Japão e, curiosamente, foi escrito sem que a autora tenha ido ao Japão. Socorrendo-se somente de obras antropológicas, da literatura e do cinema e, fundamentalmente, apoiando-se na preciosa colaboração de nipo-americanos, Ruth Benedict , compôs um magnífico puzzle sobre os costumes, valores e mentalidade japonesa da época.
Diz-se que quando os generais americanos procuravam definir a primeira cidade a ser arrasada pela bomba atómica, teriam escolhido Quioto. Só que alguns deles tinham lido a obra de Ruth e tinham recuado a tempo. Seria como invadir a Arábia Saudita e bombardear Meca.
A América de Roosevelt e de Truman era certamente diferente da de Bush , mas alguma humildade aquando da invasão do Iraque e algum conhecimento da história teriam sido uma boa companhia nas horas de decidir. Certamente que continua a haver bons antropólogos na América. Mesmo qualquer estudante do último ano de Antropologia Cultural da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, teria sido uma boa escolha para evitar a Bush e aos americanos a delicada situação em que se encontram actualmente no Iraque.
"Só fiz greve uma vez na vida."
Carvalho da Silva, na primeira página do "Expresso".
Em véspera de greve geral a 30 de Maio aí está uma forma habilidosa de incentivar os trabalhadores a aderir...
Já que estamos em maré de pedir desculpas a quem mete o pé na argola (literalmente a língua) porque não pedir a este "sindicalista dos sindicalistas" que o faça? É que eu, que já tantas vezes fiz greve, sinto-me gozado e ultrajado com estas declarações.
Que o governo apresenta no seu elenco alguns dos maiores comediantes e enterteiners do momento, era sabido. Que Manuel Pinho, Mário Lino, Maria de Lurdes Rodrigues e mesmo Mariano Gago (este mais na vertente cabalística e alquimista do humor negro) são grandes no stand-up comedy em qualquer parte do mundo, era sobejamente conhecido e admirado. E ainda bem. Sempre divertem o povo e aliviam as dores que nos impingem com as suas políticas.
Agora, a propósito do espectáculo memorável dado por Mário Lino na Ordem dos Economistas, não percebi porque apareceu Paulo Portas a dizer, sem a subtileza flamejante das metáforas lineanas , que era inadmissível o que o ministro disse sobre a margem sul ( e agora, tentando ultrapassar o Zé Povinho em populismo, o enigma encriptado citado) " onde aliás é duro viver e duro trabalhar". Mais duro viver e trabalhar em Almada do que em Lisboa??!! Mais duro na Costa da Caparica, em Setúbal? Em Palmela? Em Sesimbra? Em Azeitão? Em Pegões? Em?Em?Em?... Mais duro que onde? Sintra? Cascais? Galinheiras? Oeiras? Moscavide? Loures? confesso que não entendi bem. Estava o ex-ministro a dizer que na margem sul é o deserto em termos de qualidade de vida? Que as pessoas da margem sul são mais débeis e que, portanto, têm mais dificuldade em viver e trabalhar? Que nestas paragens se vive uma situação de suburbanismo pior que as favelas brasileiras? Que na margem sul se vive uma situação de marginalidade terrífica?
Era bom que o PP esclarecesse estas questões levantadas pela sua afirmação. Ou então que pedisse desculpas aos normais cidadãos da Margem Sul, que trabalham como os outros e que revelam as dificuldades na vida de toda a gente. E que gostam de viver e trabalhar nas suas terras.
Chove de mansinho e a fresquidão ocupou os campos. Adoro este tempo suave convidando a mente a deambular pelos labirintos da metafísica.
Pela janela vejo passar aviões low-cost carregados de camones de bermudas e camisas havaianas, preparados par desembarcar num paraíso tropical...
Hoje andei a passear pela magnífica zona pombalina de Vila Real de Santo António. Verifiquei que o edifício da Câmara está a ser demolido (pareceu-me que parte da fachada vai ser poupada) lamento, no entanto, não estar à vista nenhuma informação sobre o novo edifício a construir. Espero que esteja à altura da grandeza da praça. O anterior, obra que substituiu o fecho original da praça a levante, levado por um incêndio, não era manifestamente digno do magnífico conjunto.
Mais uma vez não pude deixar de apreciar o precioso obelisco central.
Já agora, e porque se trata de um documento histórico único e valioso, deixo-vos com o que está registado no belo obelisco que se ergue na Praça Marquês de Pombal e que constitui um auto elogio eloquente do promotor da obra.
A el Rei, D. José
Augusto, Invicto, Pio
Restaurador
das Armas, das Letras,
do Commercio , da Agricultura,
Reparador
da Glória, e felicidade publica,
Clementissimo pai dos seus Vassalos,
Protector da innocencia ,
vingador supremo da Opressão,
Conservador da Paz Publica
e Inimigo da Discordia ,
O commercio das pescarias
d`esta Villa Real de Santo António,
Levantada em cinco mezes pelas
suas Reaes providencias e Decretos,
que com todo o zelo executou
O Marquês de Pombal,
da inundação do Oceano, em que
Seculos antes estava submergida,
Erigiu este obelisco
para perpetuo padrão do seu
Humilde e Immortal Reconhecimento
Anno de 1755.
Hoje decide-se o campeão. O menos mau de um triste e arrastado torneio. Como em alguns prémios literários e de arquitectura , onde não se atribui o galardão a ninguém quando a qualidade escasseia, não deveria ser atribuído o título de campeão da liga de 2006/2007.
Ainda assim, confesso, com discrição, que o Sporting ( raio de grupo desportivo que nem nome português - nem decente - tem) foi a menos má das três candidatas ao sorteio. Sobretudo pela aposta inteligente de investir nos seus jovens e não, como O Meu clube, em velhadas em fim de carreira.
Ainda no outro dia subi à capital para ver, no Estádio da Luz, O Glorioso e, espectáculo, espectáculo, só vi o da nossa águia. Mesmo assim com alguns ressentimentos ecológicos...
Deu dó ver aqueles jogadores a arrastarem-se pelo terreiro verde e fresco tendo como opositor o dócil Naval que tudo fez para relevar a equipa da casa.
É claro que sei que o título vai ser entregue a um dos três e por isso cá estarei para torcer pelO que está em terceiro. Mas desde já vos garanto: não irei para a rua gritar nem caravanear . Recolher-me-ei esperando que uma grande vassourada leve para a próxima temporada quem não merece estar ao serviço dO Grande.
Porque será que os blogues de direita andam tão atarefados a arranjar assinaturas para a candidatura à Câmara de Lisboa da arq. Helena Roseta?
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